Apreensões de cigarros e defensivos causam prejuízo de R$ 3,1 milhões ao crime organizado

Apreensões de cigarros e defensivos causam prejuízo de R$ 3,1 milhões ao crime organizado
Balanço das apreensões é referente ao mês de janeiro; Foto: Divulgação/DOF

Cada vez mais os criminosos estão na mira das autoridades policiais de Mato Grosso do Sul, sobretudo na região Sul do Estado, devido a fronteira entre Brasil e Paraguai. Somente nos primeiros 31 dias de 2023, as apreensões realizadas pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) de cigarros e defensivos agrícolas contrabandeados do Paraguai, causaram prejuízo de R$ 3,1 milhões ao crime organizado. 

Também neste período, três carros com registro de roubo foram recuperados pelo Departamento.

A primeira apreensão foi em 13 de janeiro, no município de Maracaju, quando os policiais abordaram um Citroen Cactus, que havia sido roubado em Taboão da Serra (SP). O veículo estava carregado com 2.750 pacotes de cigarros e 580 quilos agrotóxicos. O motorista fugiu após arremessar o veículo numa plantação de soja e correr em meio a uma mata. 

Já na segunda recuperação, um T-Cross, roubado na cidade de São Paulo em dezembro de 2022, foi apreendido 2.250 pacotes de cigarros contrabandeados. A ação aconteceu no Trevo do Copo Sujo, em Ponta Porã. O condutor do carro também conseguiu fugir. 

O terceiro utilitário recuperado pelos agentes, um Fiat Strada, transportava 150 quilos de defensivos agrícolas em pó, 560 litros do mesmo produto em galões e 745 pacotes de cigarros. O carro foi roubado na cidade de Campinas (SP), em dezembro passado e diferente das ações anteriores, nesta, o motorista não teve tanta ‘sorte’ e acabou preso. 

Em todas as apreensões outros veículos que seguiam juntos com os carros roubados também foram apreendidos. 

Recorde na apreensão de defensivos agrícolas 

Segundo dados do Departamento de Operações de Fronteira, em 2022 houve um recorde de apreensões de defensivos agrícolas contrabandeados do Paraguai, sendo tiradas de circulação mais de 41 toneladas desses produtos em Mato Grosso do Sul.  

Para o diretor do DOF, coronel Wagner Ferreira da Silva, o crime organizado sempre vai migrar para novas práticas criminosas que são rentáveis para essas organizações. 

“Os criminosos sempre visam à obtenção de lucro e eles viram no contrabando de defensivos agrícolas uma forma de obterem vantagens financeiras. Mas nós estávamos atendo a esta movimentação e conseguimos fazer o enfretamento que levou ao recorde histórico da unidade”, afirmou Wagner.