Dólar opera em alta e se aproxima dos R$ 5,20, com tensões no Oriente Médio; Ibovespa oscila
O dólar opera em alta e se aproxima do patamar dos R$ 5,20 nesta segunda-feira (15), refletindo a escalada dos conflitos no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel no fim de semana.
Na expectativa de que Israel não vai continuar os ataques, os mercados operam com um pouco mais de tranquilidade neste início de semana, mas a moeda americana continua ganhando força sobre o real e outras moedas de países emergentes.
Com este mesmo cenário de pano de fundo, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera com volatilidade, oscilando entre altas e baixas.
Às 13h18, o dólar subia 1,23%, cotado a R$ 5,1844. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,1908. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,61%, cotada em R$ 5,1212, mas alcançou a máxima de R$ 5,1477 ao longo do dia.
Com o resultado, acumula altas de:
- 1,11% na semana;
- 2,11% no mês; e
- 5,54% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,06%, aos 125.864 pontos.
Na sexta, encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos.
Com o resultado, acumula quedas de:
- 0,67% na semana;
- 1,69% no mês; e
- 6,14% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
A atenção dos investidores segue voltada para o Oriente Médio, enquanto o mundo aguarda novas sinalizações do que deve acontecer.
Na última sexta-feira, os mercados encerraram o dia estressados, com queda nas bolsas de valores ao redor do mundo e fortalecimento do dólar ante outras moedas, depois do Irã informar que lançaria um ataque contra o território israelense.
Os ataques foram uma resposta do país a um suposto ataque de Israel contra a embaixada iraniana na Síria. Essa foi a primeira vez que o Irã atacou Israel diretamente.
"Queira ou não, dólar é proteção. É proteção no mundo inteiro. Então, na sexta-feira, quando aconteceram os ataques, o mundo inteiro correu para o dólar", comenta o analista de investimentos Vitor Mizara.
Autoridades iranianas disseram que veem o assunto como encerrado e justificaram o ataque como legítima defesa. Israel, por outro lado, quer responder o ataque, mas não tem apoio da comunidade internacional, principalmente dos Estados Unidos - que são grandes rivais do Irã.
No Brasil, o destaque é a expectativa de que o governo deve reduzir a meta fiscal e descartar um superávit para 2025. A proposta, segundo uma fonte do Ministério da Fazenda, será de déficit zero para as contas públicas no próximo ano, o que deve ser apresentado no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.
Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo tentava fixar uma "meta factível" para as contas públicas no ano que vem.
De acordo com a fonte, as metas devem ser corrigidas em zero para 2025 e superávit de 0,25% para 2026, 0,5% para 2027 e 1% para 2028.
por g1