Gaeco deflagra nova fase de operação que condenou até advogados a 350 anos de prisão em SC

Gaeco deflagra nova fase de operação que condenou até advogados a 350 anos de prisão em SC

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) deflagrou nesta quarta-feira (21) a Operação Sob Encomenda II, que é um desdobramento de outra operação de mesmo nome, que condenou advogados, faccionados e um servidor público em 2021 a mais de 350 anos de prisão em Joinville, no Norte Catarinense.

Na manhã desta quarta (21) membros do Gaeco estão nas ruas de Blumenau, Palhoça e Porto Velho (RO) para cumprir um mandado de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville. O endereço e os nomes dos alvos não foram revelados pelo Ministério Público.

Entre os investigados, dois ainda estão em liberdade e os demais já foram presos. A operação conta com o apoio do Gaeco de Rondônia, policiais penais do Sistema Penitenciário Federal, Departamento de Polícia Penal de Santa Catarina, além de equipes da Polícia Militar de Santa Catarina.

A investigação tramita em sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas. A operação desta quarta (21) é um desdobramento da operação Sob Encomenda, deflagrada em agosto de 2021 contra advogados e faccionados internos do Sistema Prisional de Joinville.

Relembre a Operação Sob Encomenda I, que teve apoio do Gaeco

A forma de ação do grupo investigado e preso no esquema foi revelado com exclusividade pelo Grupo ND em Joinville, ainda em 2021. As condenações ocorreram um ano depois e chegavam a cerca de 350 anos de prisão contra vários réus. Entre eles, sete advogados e um servidor público.

O foco da operação era coibir a entrada de aparelhos celulares, drogas e outros objetos ilícitos nos presídios, inclusive de Joinville. As investigações demonstraram que inclusive durante a pandemia da Covid-19, quando as visitas aos presos foram suspensas, informações sigilosas e até celulares continuavam entrando na prisão.

Advogados e agentes públicos teriam facilitado as ações, conforme provas colhidas pelo Ministério Público. O grupo que atuava no esquema tinha uma função conhecida como sintonia, trazendo e levando informações aos criminosos já presos, além de tráfico de drogas e de celulares.

Pouco mais de um ano depois, foram oferecidas 11 denúncias pelo Ministério Público, contra 49 pessoas, pela prática de crimes como integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, favorecimento real e lavagem de dinheiro.

fonte: ndmais.com.br 

LUCAS ADRIANO,BLUMENAU