Milei de Floripa, Lobo Mau e mais: os resultados dos candidatos inusitados de SC em 2024

Out 8, 2024

O uso de candidatos inusitados pode ser uma estratégia interessante para alguns partidos políticos para chamar a atenção dos eleitores e angariar votos para a coligação. Seja pelo uso de apelidos criativos ou por homônimos de figuras famosas, algumas candidaturas em Santa Catarina apostaram nessa estratégia para impulsionar suas legendas.

Alguns dos candidatos inusitados de Santa Catarina são os chamados “outsiders” ou “diferentões”. Essas são figuras conhecidas do grande público, mas que não fazem parte do dia a dia político-partidário.

Outros são apenas homônimos, que chamam a atenção por terem nomes iguais de personalidades famosas, sejam artistas, personagens ou outros políticos.

Confira, abaixo, como os candidatos mais inusitados de Santa Catarina se saíram nas urnas neste ano:

Candidatos inusitados nas corridas pelas prefeituras

Eleitos

Entre os candidatos com nomes ou apelidos inusitados, apenas Cascão (PP) conseguiu eleger-se à prefeitura. Em 2025, ele se tornará o vice-prefeito eleito em São Martinho após sua chapa obter 1.623 votos (55,60%).

Não eleitos

Outros três candidatos inusitados que tentaram as prefeituras acabaram não obtendo a maioria dos votos válidos. São eles:

Elton Jhon (PT), candidato a prefeito em Araquari – 314 votos (1,52%);
John Lenon (União), candidato a vice-prefeito em Camboriú – 10.100 votos (24,01%);
Lula (MDB), candidato a vice-prefeito em São Ludgero – 3.725 votos (45,40%).

Candidatos inusitados nas Câmaras de Vereadores

Eleitos

Entre os candidatos inusitados eleitos a vereador, chama atenção o nome de Jair Bolsonaro (PL). No caso, não se trata do ex-presidente do Brasil, mas sim de seu filho, Jair Renan Bolsonaro, que adotou o nome do pai para ir às urnas – e a estratégia deu certo, pois ele foi o vereador mais votado em Balneário Camboriú.

Os nomes inusitados eleitos são:

Baitaca (MDB), vereador eleito em Ponte Alta do Norte – 102 votos;
Giraia (MDB), vereador eleito em Dona Emma – 124 votos;
Jair Bolsonaro (PL), vereador eleito em Balneário Camboriú – 3.033 votos;
Janja (PP), vereadora eleita em Passo de Torres – 392 votos;
Nixon (PL), vereador eleito em Lages – 1.681 votos;
Pelé (MDB), vereador eleito em Joinville – 3.466 votos.

Por outro lado, Janja foi a quarta mais votada em Passo de Torres, no Litoral Sul - TSE/Reprodução/ND

Suplentes

Entre apelidos e homônimos, alguns candidatos inusitados não conseguiram eleger-se diretamente, mas ficam à disposição do cargo caso algum vereador titular precise ser afastado ou licenciado (temporário), bem como casos de renúncia ou morte (definitivo).

Os suplentes são:

Agnaldo Timóteo (Pode), vereador suplente em Garopaba – 214 votos;
Ana Campanholo (MDB), vereadora suplente em Governador Celso Ramos – 28 votos;
Arlindo Cruz (PL), vereador suplente em Balneário Camboriú – 1.384 votos;
Chico Norris (PL), vereador suplente em Pouso Redondo – 54 votos;
D’Flash (Republicanos), vereador suplente em Presidente Getúlio – 215 votos;
Gargamel Bolsonaro (União), vereador suplente em Brusque – 128 votos;
Homem Aranha (Pode), vereador suplente em Balneário Camboriú – 163 votos;
João Grillo (PL), vereador suplente em Sangão – 329 votos;
Juarez Bolsomito (União), vereador suplente em Itapema – 33 votos;
Mamãe Noel (PSD), vereadora suplente em Itapema – 103 votos;
Maradona (PSDB), vereador suplente em Tangará – 103 votos;
Milei de Floripa (PL), vereador suplente em Florianópolis – 383 votos;
Papai Noel (MDB), vereador suplente em Descanso – 80 votos;
Pelé (PL), vereador suplente em Indaial – 551 votos;
Pelé (Republicanos), vereador suplente em Criciúma – 390 votos;
Pelé (PP), vereador suplente em Itaiópolis – 44 votos;
Pelé (PSDB), vereador suplente em Maravilha – 36 votos;
Rambo (MDB), vereador suplente em Balneário Camboriú – 394 votos;
Tarzan (PP), vereador suplente em Bombinhas – 31 votos;
Xuxa (MDB), vereador suplente em Imbuia – 132 votos;
Xuxa (PL), vereador suplente em Ituporanga – 306 votos.

O 'Bolsomito' também fica à disposição da Câmara de Vereadores em Itapema, no Litoral Norte - TSE/Reprodução/ND

Não eleitos

Para outros candidatos inusitados, o uso de apelidos ou homônimos nas urnas não deu muito certo. Alguns não conseguiram votação suficiente para elerger-se ou ficar como suplente e, caso queiram uma vaga nas câmaras municipais, deverão esperar uma nova oportunidade em 2028.

São eles: