EUA sem picanha? Tarifaço de Trump faz preço da carne bater R$ 150 e atinge recorde histórico

EUA sem picanha? Tarifaço de Trump faz preço da carne bater R$ 150 e atinge recorde histórico

O preço da carne nos EUA alcançou o maior patamar da história após o tarifaço de Trump, segundo pesquisa de inflação encomendada pela CNN e divulgada na última segunda-feira (18).

O valor médio do produto para churrasco chegou a US$ 11,875 a libra, o equivalente a quase R$ 150 o quilo.

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A alta representa 3,3% em apenas um mês e 9% nos últimos seis meses, refletindo diretamente no bolso dos consumidores norte-americanos. O impacto também foi sentido na carne moída, essencial para os hambúrgueres.

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Ainda de acordo com a pesquisa, o preço médio atingiu US$ 6,338 a libra, cerca de R$ 75 o quilo, após um aumento de 3,9% em julho e 15,3% em seis meses. O preço da carne moída está sendo vendida nos mercados a US$ 20 (cerca de R$ 108) o quilo.

Brasileiros que moram nos EUA reclamam do preço da carne

Vídeos de brasileiros nas redes sociais viralizaram na última semana com diversas reclamações sobre a alta do preço da carne nos EUA. “Os Estados Unidos vai quebrar! Ou vai ser só para ricos e milionários viverem aqui”, diz uma brasileira que vive no país em um vídeo no X (antigo Twitter).

Ela cita que o valor da carne nos mercados norte-americanos disparam em apenas um mês. No vídeo ela mostra o valor da carne de frango que custava US$ 6 e passou a custar mais de US$ 12. “Isso porque eu comprei com osso. Com osso está US$ 20”, desabafou.

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Nas redes sociais, brasileiros que moram nos EUA reclamam da alta no preço da carne – Vídeo: William De Lucca/@delucca/X

Frutas também estão em falta nas prateleiras dos mercados norte-americanos

A influenciadora Maressa Ney, que vive nos Estados Unidos, publicou um vídeo no TikTok denunciando a falta de algumas frutas nos supermercados. Ela conta que foi comprar morangos e encontrou a prateleira vazia. A mesma coisa aconteceu ao procurar por limões.

“Fui atrás de morando e também não tem morango. Tem algo acontecendo, porque a menina das notícias não está sabendo de nada do porquê não tem frutas nos mercados. E já é o segundo mercado”, relatou.

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Influenciadora brasileira mostra a falta de frutas nos mercados norte-americanos – Vídeo: Maressa Ney/@mahhneynews/TikTok

Além do tarifaço, preço da carne nos EUA sofre impacto da seca e de restrições comerciais

As mudanças climáticas estão entre os principais responsáveis pela disparada do preço da carne nos EUA. A seca reduziu gradativamente o número de animais nos pastos, diminuindo a produtividade e pressionando a oferta.

Em 12 de agosto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu novamente a previsão de produção doméstica para 25,9 bilhões de libras neste ano – 1% menor que o cálculo do mês anterior e 4% inferior ao início de 2025.

A pressão não vem apenas do clima. O tarifaço contra o Brasil, anunciado em 9 de julho, já levou o USDA a revisar para baixo as projeções de importação. Para 2025, a estimativa caiu 1,9% em pouco mais de um mês, e para 2026 a queda prevista é de 7,5%.

Além disso, os EUA mantêm as restrições às importações de gado do México por causa da NWS (New World Screwworm), conhecida como “bicheira do Novo Mundo”.

A praga, que pode matar bovinos, afetar aves e até, em raros casos, seres humanos, levou Washington a proibir desde maio a entrada de animais vivos do país vizinho, o que ajudou no aumento do preço da carne nos EUA.

 

fonte: ndmais.com.br